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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Iluminação Corporativa



OS efeitos da luz nos ambientes de trabalho
Empresas de grande porte tem apostado na idéia de que os recursos humanos são seus ativos mais caros e que, portanto, os investimentos em segurança, saúde e bem-estar dos funcionários podem contribuir com o crescimento dos empreendimentos.
Neste movimento rumo ao conforto, em prol da produtividade, os projetos luminotécnicos tem ganhado cada vez mais espaço. A iluminação, segundo especialistas, influi no funcionamento do organismo humano."A ciência mostrou, nas últimas décadas, a influência positiva da luz no controle do nosso relógio biológico, que regula todos os ritmos diários dos processos fisiológicos e psicológicos", afirma o físico e engenheiro eletricista holandês Wout Van Bommel, responsável pelo centro de excelência em aplicações de iluminação da Philips e presidente do CIE ( Comissão Internacional de Iluminação ).

Tendências

A passos largos, depois de séculos de letargia, o mundo parece ter-se voltado para o tema sustentabilidade. E quando se trata de iluminação, economia de energia aparece entre os principais aspectos a serem considerados pelos luminotécnicos.
A arquiteta Cláudia Andrade lembra que, atualmente, em um único ambiente são realizadas diversas atividades e, segundo ela, cada uma requer um tipo de luz."Esta dinâmica relacionada ao trabalho e trabalhadores não pode mais ser controlada apenas por meios estatísticos e quantitativos, como o montante de luz requerido por normas e legislação vigentes".
Atualmente, o mercado brasileiro já oferece soluções que prometem economizar na conta de energia e, também oferecer luz "personalizada" para cada usuário ou grupo. Uma delas consiste na idéia de que numa mesma sala, onde pessoas entrem e saem em momentos variados da jornada, não é necessário que todos os postos de trabalho estejam iluminados ao mesmo tempo. Assim, luminárias ou sistemas de iluminação específicos para cada indivíduo ou grupo solucionariam a questão.

Normas

As regras para a iluminação de locais de trabalho, no Brasil, são estabelecidas pela Norma Regulamentadora 17, a NR 17, que se refere à ergonomia, do Ministério do Trabalho e Emprego. A regulamentação estabelece que em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. . Determina, ainda, que a iluminação geral deve ser uniformemente difusa e distribuída, o que, segundo o doutor em Engenharia Wilson Teixeira, tem provocado erros de interpretação por parte dos profissionais de iluminação. "É importante observar que não existe a obrigatoriedade de toda a iluminação necessária ser suprida pela iluminação geral, podendo ser empregada iluminação suplementar no campo de trabalho. Costumamos ouvir que a norma diz que a iluminação deve ser geral, uniformemente difusa e distribuída, e que, portanto, é preciso colocar 500 lux em toda a sala. Em momento algum está explicitado que esta [luz geral] deva ser, obrigatoriamente, a única fonte de iluminação ", alerta Wilson Teixeira.


De acordo com a NR, as regras para iluminação dos ambientes de trabalho são estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NBR 5413. A norma prevê que as medições de iluminâncias sejam feitas no local onde são realizadas tarefas visuais, e que, apenas, quando não puder ser definido o campo de trabalho exato, que a aferição seja feita, no plano horizontal a 75cm do piso.
Para equilibrar os conceitos de eficiência energética e conforto ambiental, Teixeira recomenda: "Como a necessidade de iluminâncias mais elevadas está associada à idade, velocidade e precisão de tarefa visual e refletância do fundo da tarefa, o projetista de iluminação pode se valer da estratégia de trabalhar com uma iluminação geral distribuída de menos intensidade e, consequentemente, de menor consumo energético, e suplementar as maiores necessidades com iluminação de tarefa".


Fonte: Lume Arquitetura
Imagens: Banco Pactual - SP / Projeto Luminotécnico: Neide Senzi

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