ARQUITETURA DE ILUMINAÇÃO ************* http://www.angelaabdalla.com.br/ *********** PROJETOS LUMINOTÉCNICOS

domingo, 29 de agosto de 2010

LED forum 2010 - Forum Internacional de aplicação da tecnologia LED


Aconteceu em São Paulo/SP nos dias 26/27 de agosto no Milenium Centro de Convenções o primeiro LED Fórum - aplicação da tecnologia LED realizado pela ASBAI - Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação, da qual sou afiliada associada, junto com a revista L+D.
O evento reuniu palestrantes nacionais e internacionais de grande credibilidade que apresentaram os benefícios da tecnologia LED e suas peculiaridades técnicas, esclarecendo e desmistificando o seu funcionamento e exibindo sua aplicação nas mais variadas tipologias de projetos de iluminação.

O evento também apresentou e discutiu o novo processo de certificação LEED ( Leadership in energy and environmental design ) criado pelo USGB ( United States Green Building Council ) e adotado mundialmente como referência na criação de soluções de iluminação que usam a energia de maneira racional, minimizando o impacto ao meio-ambiente.
Entre os palestrantes nacionais estiveram presentes: PHILIPS, OSRAM, GE, SCHRÉDER, ERCO, TRAXON e UFSC. Entre os internacionais LUTRON (EUA), INSTA (Alemanha) e Barry Hannaford (Dubai/Londres).
Também estiveram presentes representantes da Itaim Iluminação, Omega Iluminação, Lumini, Steluti e Lemca Led Systems.










sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Iluminação Cênica


Sua influência na arquitetura
Nas residências dos mais abastados, até o final da década de 80, no Brasil, os espaços eram definidos, não apenas fisicamente, mas também pelo mobiliário e suas funções, tais como:sala de música, sala de jogos, sala de jantar, sala de estar etc., e havia uma única luz funcional, no centro do ambiente, que o iluminava como um todo. Hoje, a forma de se projetar uma casa e de utilizá-la mudou. Os espaços passam a ser integrados e possuem diversas funções, o que exige uma luz mais dinâmica, cênica, flexível para gerar a ilusão de ambientes distintos, levando-se em consideração fatores como tempo e espaço, numa mesma área física.
Nos ambientes cada vez menores, a fonte luminosa difusa, focada, direta, indireta, semidireta, tornou-se um agente face à necessidade de iluminar cada específica tarefa, considerando-se os efeitos psicológicos, biológicos e fisiológicos que incidem nas atividades do ser humano. O uso das cores e focos, que penetram no mundo da iluminação arquitetural, pode ter sua origem na iluminação cênica moderna e contemporânea, mas, em hipótese alguma se deve condicionar ou restringir o conceito de iluminação cênica ao uso de cores e efeitos, mas, antes, deve-se pensar em iluminar uma cena, seja ela qual for, independentemente do uso de cores e do desenho dos fachos.


Os conceitos
Baseado na teoria da cor, o diretor de Teatro Adolph Appia formulou, em 1954, a teoria de que as cores do cenário devem ser claras (bege,branca,cinza) e do colorido proporcionado pelo uso da luz. Esta teoria pode ser encontrada nos projetos dos lighting designers na arquitetura atual quando nos mobiliários, em geral, de cores claras, formas retas e paredes brancas, são empregados o uso de LEDS e fibra ótica para modificar a experiência sensório-visual de um ambiente. Em outras palavras, vem se consolidando o conceito de que a luz não precisa estar a serviço, exclusivamente, das áreas arquitetônicas, mas também em razão de cada experiência, cada função, cada cena, evidenciando objetos, móveis, roupas, até mesmo cada quadro posto nas paredes.

Como consequência, as indústrias passaram a produzir projetores de variados tamanhos,úteis às pretensões ornamentais, cujo dimensionamento se adequa a diferentes tarefas e funções como delimitar espaços, enfocar, iluminar, não iluminar, ressaltar ou isolar um discurso, um objeto, uma pessoa, um elemento arquitetônico, uma cena, criar ambientes, dar ritmo a uma representação, delimitar espaço e tempo, e gerar simultaneamente agradáveis alternativas luminosas e aprazíveis resultados cênicos.
Logrou-se obter o máximo de luz com um mínimo de aparelhos em oposição ao passado quando, forçosamente, fruia-se de um mínimo de luz através de um artefato aparatoso. A partir da industrialização mais intensa, nas duas últimas décadas do século XIX, as lâmpadas elétricas passaram a ser produzidas em larga escala, em que um mesmo modelo era multiplicado inúmeras vezes. A variedade do design, então passa a ocorrer na concepção e produção de luminárias - o artefato que abriga a lâmpada.


Tecnologias
Hoje se opta por uma luminária com design exclusivo para designar um poder aquisitivo, um status social, mas também como símbolo de personalidade criativa (autenticidade). No que tange à iluminação cênica associada à arquitetura, as luminárias tornaram-se coadjuvantes na composição estética e visual de cenas em um dado ambiente, pois o efeito de luz torna-se, visualmente, mais importante do que a fonte luminosa. Tudo isso aliado às inúmeras possibilidades que a automação e/ou os controles de iluminação proporcionam.
No ritmo dessas transformações, os controles de iluminação (controle de abertura e fechamento do facho, controle de cor, de IRC, temperatura de cor, intensidade luminosa, dentre outros) tem sido uma grande ferramenta para os projetos luminotécnicos, trazendo diversos benefícios para as intenções cênicas de um espaço arquitetural. Vêm sendo amplamente utilizados em sistemas comerciais e residenciais.


Há ainda os benefícios de caráter biofísico e econômico, como o aumento do conforto visual, a redução no consumo de energia elétrica, além da já mencionada versatilidade no uso dos ambientes, uma vez que a mudança de cenas de luz atende às diversas atividades de um mesmo espaço.
Hoje o mercado oferece diversas opções de controle e automação, tanto os dimmers simples como os sistemas elaborados e integrados com outros sistemas de automação. Para sistemas de dimmer simples, existem: Pial, Bticino e Lutron; avançados: Lutron e Creston. Para sistemas comerciais: Crestom, Philips e Osram. Para iluminação cênica: dimmer HPL e CI Tronic's, entre outros.


Na evolução dos materiais empregados na arquitetura, para citar os do nosso tempo, como: cimento, vidro, ferro e tijolo, cabe incluir a iluminação como outro elemento autônomo a serviço da composição arquitetural, especialmente suas estratégias renováveis, frutos da relação entre conceitos empregados e recursos tecnológicos.
A iluminação moderna - com possibilidades quase ilimitadas - tornou-se o meio capaz de reunir elementos distintos, integrando aspectos visuais e culturais presentes num espetáculo ou num espaço arquitetônico.



Fonte: Lume Arquitetura pela lighting designer Jamile Tormann

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Iluminação de Monumentos






Um dos principais desafios do século 21, para os urbanistas, é tornar as cidades mais humanas, mais aproveitáveis pelos seus habitantes e visitantes. É certo que, hoje, as ruas, praças e avenidas já não podem mais ser planejadas apenas para os pedestres, como se fazia antigamente, mas, muita gente no mundo inteiro já entende como erro ver o espaço urbano como ambiente exclusivo para os automóveis.
São poucos os que vão discordar que as urbes são para as pessoas, estejam elas dentro de carros, em motos, de bicicletas ou a pé. Só que tudo isso se imagina durante o dia, mas, e à noite, elas são para quem? E, considerando que a população trabalha, estuda e se diverte depois que o Sol se vai, por que a maioria das cidades ainda não é planejada para atender a esse público?
Trata-se de uma questão difícil de responder, mas pode-se arriscar que ainda falte conhecimento, por parte dos governantes, dos benefícios que a iluminação das ruas, dos edifícios e monumentos históricos e emblemáticos das cidades pode promover. Em localidades que recebem grande quantidade de turistas, então, ignorar as noites pode significar deixar de aproveitar boa parte do seu potencial.



TECNOLOGIAS
Não basta somente embelezar; os equipamentos de iluminação devem também oferecer eficiência energética. Com tecnologias que prometem preencher estes dois quesitos, os LEDS de alto fluxo luminososo são as principais apostas das grandes fabricantes Philips e Osram para iluminação de fachadas e monumentos nos últimos tempos.
Welington Tardivo, da Philips, aponta como mais apropriado para ambientes externos e fachadas, o modelo ColorBlast 12 Powercore, que, por possuir facho preciso é indicado para a criação dos efeitos wall washing e iluminação dinâmica. Já o Color Reach Powercore, com mais de 4.000 lúmens de saída e de 400 pés de projeção, traz cores e de efeitos dinâmicos a grandes edifícios, monumentos, pontes e torres.

Para a iluminação com luz branca, Tardivo apresenta o eW Graze Powercore, que pode ser utilizado para o destaque pontual de elementos, delineamento de paredes e placas luminosas. Como tem o formato fino, a peça pode ser inserida em diferentes nichos de edificações.
O gerente de vendas da Osram, Jean Carlos Bazeto, também destaca as lâmpadas de multivapores metálicos de tubo cerâmico, da linha Powerball HCI, que, segundo ele, "operando em conjunto com reatores eletrônicos, proporcionam excelente qualidade de luz, longa durabilidade e alta eficiência energética", afirma.
A fabricante também informa que os modelos oferecem alto índice de reprodução de cores, especialmente o vermelho; estabilidade da tonalidade de cor ao longo da vida útil e distribuição uniforme da luz, entre outros.


LUZ COLORIDA
Muito utilizada na iluminação de fachadas, a luz colorida pode chamar a atenção, alegrar um cenário e embelezar um edifício ou monumento, no entanto, segundo especialistas, o recurso deve ser utilizado com parcimônia.De acordo com Tardivo, "o ideal é trabalhar com as cores onde elas são realmente necessárias, como, por exemplo, em pontes, torres e fachadas. Em monumentos históricos elas não são usuais", orienta.
Para Bazeto, aqui no Brasil, o recurso deve ser aplicado "em pontos específicos". Ele lembra que o uso da luz colorida está relacionado ao modo de vida e o gosto da população de cada cidade. "Existem culturas que preferem e valorizam o uso de cores, como no caso da Àsia, Hong Kong, por exemplo, enquanto, em outras, é mais limitado e aplicável para pequenos espaços, como na Europa", argumenta.




Fonte: Lume Arquitetura * matéria completa na edição 43

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Iluminação de Fachada Comercial


Case : Loja BALI EXPRESS
Na alameda Gabriel Monteiro da Silva, um dos pontos de comércio mais charmosos da capital paulista, está a loja Bali Express, especializada na venda de móveis. Em 2008 o edifício passou por uma grande reforma.
O responsável pela nova iluminação foi o lighting designer Rafael Serradura, titular do studio Serradura /SP.


Fachada
Dezenove embutidos no solo, instalados paralelamente às paredes, com lâmpadas CDMR PAR30 de 70W/10 graus, realizam uma iluminação uplight nas duas fachadas da loja, uma com 56 e a outra com 144 metros quadrados. O lighting designer optou por este tipo de lâmpada porque ela reproduz totalmente as cores, o que destaca todos os materiais utilizados na composição arquitetônica ( pedra canjiquinha, ardósia enferrujada e vidro preto ). A fachada maior da loja conta com um jardim vertical que, junto com as palmeiras plantadas em frente ao prédio, foi iluminado por 15 embutidos de solo para lâmpadas CDMR PAR30 70W/40 graus.


As escadas de acesso à parte interna do estabelecimento foram iluminadas por dez balizadores de piso para LEDS de 1,5W/145 graus na cor branca, que, além de ser econômico, tem baixa necessidade de manutenção.
Na frente da loja há um deck com luminárias especiais, feitas de madeira e alumínio, com 14 lâmpadas tubulares T8, de 36W/830, instaladas na parte inferior da peça."O principal efeito alcançado na fachada é a forma homogênea com que a luz destaca todo o prédio, gerando espaços de luz e sombra", explicou Serradura.




Fonte: Lume Arquitetura *matéria completa ed.36
Projeto Luminotécnico : Studio Serradura
Projeto Arquitetônico : Moreno Interiores


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Iluminação para Salas de Videoconferência


Como planejar uma iluminação de qualidade
Instalações para videoconferência estão ocorrendo com maior frequência em uma variedade de edifícios. Proporcionar um ambiente iluminado de alta qualidade para este tipo de espaço é fundamental para um projeto bem sucedido. Um eficaz projeto de iluminação pode ajudar a aperfeiçoar a produção e eliminar o caráter amadorístico ou de improvisação, porventura ainda presente no processo.
O fornecimento de uma quantidade adequada de luz (medida em lux) não é o suficiente. Iluminação de qualidade significa o atendimento às necessidades técnicas da câmara, visualização de monitores, conforto, bons aspectos de cor, uniformidade e relações de brilho equilibradas - fatores que contribuem para o perfeito funcionamento de um ambiente de videoconferência. Sombras, brilhos, cintilações e modelos caóticos de luz ou luminárias degradam a qualidade da imagem produzida pela câmara, criam fisionomias e ambientes bizarros, distraem os participantes e interlocutores e, portanto, devem ser evitados.


A importância da iluminação
A videoconferência está rapidamente se tornando um ponto chave de apoio à vida empresarial. E isso significa que, cada vez mais , está passando a fazer parte do trabalho do lighting designer. Além disso, a popularização das Web câmaras e das comunicações instantâneas com vídeo gratuito, do tipo Skype, permitem que se façam mais negócios cara a cara, desenvolvendo um relacionamento mais próximo com clientes e fornecedores, onde quer que estejam, e economizando muito em viagens (ao mesmo tempo em que contribui para preservar o meio-ambiente), pois não será mais preciso sair do seu escritório para fazer contatos ao vivo.
Entretanto, esse contato cara a cara corre o sério risco de ser prejuducial, e até mesmo negativo, se as imagens dos interlocutores ou dos próprios ambientes em que eles se apresentam parecem bizarras ou caricatas, Esta questão não depende apenas da iluminação, mas está intimamente relacionada com ela.



Embora o objetivo final da videoconferência seja a boa interatividade entre pessoas presentes em ambientes distantes, o problema comum ao lighting designer pode se resumir a uma única pergunta, que permanece constante ao longo de toda a evolução da tecnologia da videoconferência: Como é que se pode fornecer uma iluminação boa e confortável para otimizar a operação da atividade em um ambiente arquitetônico em vez de um estúdio? Ainda que seja uma questão bastante simples, a resposta pode ser complexa. Não basta haver luz suficiente no ambiente para que a câmara produza uma imagem, mas é imperativo que essa imagem tenha boa aparência, proporcionando uma transmissão de vídeo de boa qualidade, o que exige o domínio de conhecimentos específicos a respeito desta aplicação da iluminação. As necessidades não se limitam à imagem captada pela câmara, mas também às produzidas por ela, que envolvem restrições técnicas, uma vez que a leitura que a câmara faz de uma cena, para a produção de uma imagem, é diferente da leitura efetuada pela vista humana. Além do mais, o projeto também precisa contemplar a iluminação interna da própria sala, além das especificidades do sistema de AV ('Audio e Vídeo). A chave do sucesso da atuação do lighting designer está em conhecer as questões necessárias à parametrização de soluções.


Até pouco tempo atrás, tanto os lighting designers quanto os profissionais de AV não tinham uma orientação muito consistente sobre iluminação de salas de videoconferência, mas o novo guia de projeto preparado pelo Comitê de Iluminação para Videoconferência e Apresentação da IESNA Sociedade de Engenharia e Iluminação da América do Norte),publicado em 2005, oferece toda a orientação fundamental necessária à realização desses trabalhos. Ele inclui uma ampla gama de recomendações gerais e critérios específicos para a abordagem das instalações de iluminação para videoconferências. È especificamente orientado para as salas de pequeno e médio portes com um único eixo de câmara e de monitores, com participantes sentados. Ele não abrange, especificamente, ambientes com duplo eixo, que incluem um apresentador perto das telas ou instalações maiores, embora grande parte dos critérios possa ser aplicada a este conjunto mais vasto de ambientes.

Este artigo está fundamentado, além de outras referências, também na referida publicação Videoconferencing Lighting Design Guide, DG-17-05, dispon'ivel para aquisição no http://www.ies.org/, o website da IESNA, hoje denominada somente IES, a qual deve ser consultada sempre que houver necessidade de um maior aprofundamento e detalhamento da questão.


Fonte: Lume Arquitetura por Prof. Wilson Teixeira * matéria completa deste artigo com o aprofundamento do assunto na ed. 35