ARQUITETURA DE ILUMINAÇÃO ************* http://www.angelaabdalla.com.br/ *********** PROJETOS LUMINOTÉCNICOS

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Iluminação de Fachada de Vidro

Sistema Econômico e Dinâmico
Case: University of Derby - Inglaterra


Ponto Focal
Um dos prédios do campus Kedeston Road, da University of Derby, Inglaterra, ganhou nova percepção com a instalação realizada pelos designers da Tilney Shane, de Londres, em parceria com a Martin Professional.


A idéia inicial era iluminar o bloco envidraçado da escada para que ela se tornasse visível a partir do entorno, transformando-se, assim, em uma referência para o campus. A opção, no entanto, deveria ser por um sistema que economizasse energia - demanda ligada tanto ao aspecto econômico quanto ao ambiental.
A escolha, então, foram as luminárias Cyclo 04 DMX da Martin Architectural, que utilizam lâmpadas RGBW T-5 e podem gerar luz de praticamente todas as cores - ou luz branca em qualquer temperatura de cor.
O resultado é mais um exemplo de como a correta iluminação tem o potencial de valorizar a arquitetura.





Fonte: Revista L+D - ed.28
Imagens: A10.eu New European Architecture / Martin Architectural

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Iluminação + Design

Concebendo uma Clínica Médica como um SPA
Case: The International Hair Clinic - Moscou / Rússia

Criada pelo estúdio italiano de design A+I, com sede em Moscou, a International Hair Clinic,no coração da capital russa, mostra como a LUZ e o DESIGN de interiores podem transformar não só um ambiente mas também a disposição do cliente, permitindo-o perceber a clínica como um centro de bem-estar, um lugar não apenas para se tratar mas se sentir melhor.

A clínica é marcada por um interior claro e despojado:as superfícies brancas das paredes, teto e do piso de epóxi brilhante se transformam em um "quadro tridimensional",um segundo plano neutro em que poucos objetos essenciais se distinguem e diferentes cenários de luz definem a atmosfera.
No lobby, a área de entrada é definida por seis luminárias de teto Oslo, que proporcionam uma luminância difusa em todo o ambiente. A mesa da recepção, em Coriam verde-uva, é iluminada por downlights dicróicos embutidos,os quais possuem fontes de luz com diferentes potências para assegurar o conforto visual na estação de trabalho e dar ênfase para as composições florais características da decoração.Na parede,atrás,a fascinante obra de arte em luz"Dreaming Woman",de Fabrizio Corneli,captura o olhar do visitante e se torna o tema que envolve a clínica.

A área de espera,concebida como uma pequena sala de leitura que observa o skyline em construção de Moscou, é composta por poucos elementos, porém marcantes. Cadeiras Egg, em dois diferentes tons de verde, ficam posicionadas em torno de mesinhas baixas. Acima delas, suspensos em diferentes alturas, luminárias pendentes PH50 criam uma atmosfera doméstica, enfatizada pela prateleira irregular utilizada como expositor dos produtos de tratamento à venda.

Divisórias em vidro opaco, decorados com ornamentos florais jateados, transformam as cabines dos cabelereiros e médicos em boxes iluminados, cuja luz difusa emana do interior; as portas das cabines e salas de tratamento possuem placas luminosas com os números das salas, uma solução normalmente adotada em design de hotéis.
As cabines dos médicos são concebidas como pequenos escritórios, com luminárias de mesa AJ, de Arne Jacobson-outro ícone do design escandinávio-, e com as PH Hat nas paredes.

As salas de atendimento são divididas em três áreas - tratamento, lavagem e massagem-, e cada uma com um cenário de luz próprio. A luz geral é fornecida por luminárias com lâmpadas fluorescentes dimerizáveis(Beat) embutidas no teto, com telas protetoras de vidro. No centro do teto, uma luminária Oslo propicia uma luz delicada e difusa, e que permite que se desligue a luz geral durante as sessões de massagem. Nichos com iluminação em backlight criam a ilusão de janelas e adicionam espaço e luz ao ambiente.

Nesse projeto, o design de interiores e o lighting design estão estritamente conectados para definir uma atmosfera confortável e destacam a peculiaridade da clínica:conciliar a abordagem científica da medicina ocidental com as atitudes saudáveis das práticas orientais.





Fonte: Revista L+D ed.24
Imagens: Targetti Projects
Luminárias: Targetti

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A evolução dos LEDs

Diodos Emissores de Luz: de pequenos notáveis a titãs do futuro


Definitivamente, os LEDs deixaram de ser uma revolução para a iluminação e já podem ser considerados como uma tecnologia em franca evolução,conquistando dia a dia, mais aplicações na substituição de lâmpadas convencionais. O termo evolução é bem propício,pois os LEDs ainda tem muito a melhorar a fim de se tornarem mais adequados e inigualáveis em sua missão de iluminar o mundo com eficiência, durabilidade e preservação do meio ambiente, fatores cada vez mais importantes na sociedade atual e do futuro.
Todos os benefícios da tecnologia de iluminação de estado sólido,tais como menor consumo de energia,maior vida útil,resistência a impactos e vibrações e ausência de raios ultravioleta e infravermelho,entre outros,são hoje,amplamente conhecidos e comprovados pelo mercado.Porém a melhora em outros parâmetros é essencial para que os LEDs possam apresentar ainda mais vantagens aos usuários e asssim aumentar sua participação em novos projetos e aplicações.
Quando falamos de luz branca,destacamos as propriedades dos LEDs quanto à eficácia luminosa(relação lúmen/watt)e sua maior vida útil como fatores importantes,porém não únicos.Por se tratarem de produtos ainda em evolução, os LEDs tem muito a melhorar quanto à qualidade da luz emitida,principalmente em relação a um maior controle de temperatura de cor e do índice de reprodução de cores.


Eficiência cada vez maior
Traçando-se um paralelo com as lâmpadas convencionais,estas apresentam qualidade de luz superior,principalmente por se tratarem de tecnologias maduras e que foram aprimoradas como tempo.No caso dos LEDs, fazendo uma comparação com o que havia disponível há quatro ou cinco anos, constatamos uma avanço considerável da tecnologia em todos os sentidos.
Por exemplo:enquanto falávamos em eficiências da ordem de 30 a 40 lúmens por watt,hoje falamos de 100 a 110 lúmens por watt,considerando-se potências elétricas de 1 watt,o que mostra uma melhoria considerável na redução do consumo de energia.
É importante salientar que,quando falamos de eficiência,sempre temos que determinar o nível de potência com o qual estamos tratando,uma vez que a eficácia dos LEDs depende deste fator.Ou seja,em potências mais baixas a eficácia aumenta e vice-versa.

Temperatura de cor em todas as escalas
No início do desenvolvimento da tecnologia,somente eram obtidos valores de temperatura de cor na faixa do branco frio(acima de 5.500K).Atualmente,temos disponibilidade de valores compreendidos na faixa desde 2.700K até 10.000K,o que torna os LEDs a única fonte de luz capaz de reproduzir quase toda a escala de temperatura de cores.
Além disto,a variação de tons de branco dentro da mesma faixa de temperatura de cor,os famosos bins,também sofreram uma melhora considerável quando comparados com produtos fabricados há alguns anos.


Índice de reprodução de cores
No que diz respeito ao IRC(Índice de Reprodução de Cores),é possível obter-se hoje,utilizando-se somente LEDs brancos,valores acima de 90,o que faz com que os LEDs apresentem melhor desempenho em aplicações de iluminação de interiores,atividade para a qual este parâmetro é de vital importância.

Os LEDs em substituição às lâmpadas convencionais
Os LEDs continuam sua evolução em termos de eficácia e se espera que dentro de aproximadamente dois anos tenhamos valores da ordem de 120 a 130 lúmens/watt para LEDs do tipo single chip(somente um chip semicondutor por encapsulamento)medidos na corrente 350mA e com temperatura de cor na faixa do branco frio.Tais valores de eficácia comparam-se aos das lâmpadas de sódio,porém com qualidade nuito superior.



Vida útil
A vida útil dos LEDs também gera muita controvérsia.Alguns fabricantes normalmente especificam 50.000 horas,outros 100.000 horas,porém notamos que faltam critérios para a real comprovação destas previsões.E,mesmo que se comprove que a vida útil do LED seja de 50.000 horas,não necessariamente podemos garantir que a luminária tenha o mesmo desempenho.
Na verdade, o LED não é o fator limitante da vida útil da luminária.Temos outros fatores,como,por exemplo,o driver,ótica,conexões etc.,que podem diminuir,em muito,a vida útil da luminária,mesmo que os LEDs comprovadamente durem muito mais.


O que esperar dos LEDs no futuro próximo
Eficácia
: Falando-se basicamente de LEDs brancos,com temperatura de cor acima de 4.000K,o que os fabricantes buscam é o aumento da eficácia(relação lúmen/watt),o que resulta no aumento do fluxo luminoso por encapsulamento.Maior eficácia significa menor custo do lúmen,o que possibilita maior número de aplicaçãoes. A eficácia mínima esperada para LEDs comerciais,considerando-se potências de 1 watt, está ao redor de 130 lúmens/watt no período de 2 a 3 anos. Considerando-se LEDs com temperatura de cor abaixo de 4.000K, temos um decréscimo natural da eficácia, principalmente em função da formulação do fósforo ser diferenciada. Neste caso, espera-se uma eficácia mínima da ordem de 100 lúmens/watt neste mesmo período.

Cores mais pura: Uma das limitações dos LEDs brancos hoje é a dispersão das cores com relação à curva do corpo negro(diagrama de cromaticidade CIE 1931), que resulta em pigmentos verdes,rosas e azuis na cor quando estas dispersões estão deslocadas em direção ao verde,magenta e azul,respectivamente.
Novas tecnologias de deposição de fósforo estão sendo introduzidas no sentido de diminuir estas dispersões e manter a distribuição da temperatura de cor bem próxima à curva do corpo negro.Isto irá garantir com que o LED disponibilize melhor qualidade de luz branca tornando-os compatíveis com a qualidade de luz das lâmpadas convencionais além de todos os outros benefícios já conhecidos.

Encapsulamento com maior fluxo luminoso - Multichip: Esta também é uma tendência onde os fabricantes colocam vários chips semicondutores em um único encapsulamento,com o objetivo de aumentar o fluxo luminoso por unidade. Apesar deste tipo de configuração não ser tão eficiente quanto à eficácia luminosa,comparado com o encapsulamento do tipo singlechip,pode ser utilizado em aplicações onde tenhamos necessidade de alta densidade de fluxo luminoso.



Fonte: Lume Arquitetura por Vicente Scopacasa *matéria completa na edição n.43

sábado, 16 de outubro de 2010

Loja iluminada com tecnologia LED

Case: Loja conceito da VIVO - Shopping Morumbi - SP

Projetada pelo arquiteto e lighting designer Antonio Carlos Mingrone,a luminotécnica do lugar foi realizada com aparelhos de última geração e levando em conta aspectos como sustentabilidade e condições de manutenção e operação.O consumo de energia do estabelecimento foi atenuado pelo grande número de recursos em LEDs e a baixa potência geral das instalações, o que diminuiu o calor do espaço, favorecendo assim o sistema de refrigeração de ar e contribuindo para que o gasto com eletricidade fosse satisfatório.
Foram projetadas luzes dinâmicas com cenários que se alteram - remotamente ou por interruptores sem fio,por meio de sistema de automação com protocolo DALI (Digital Addressable Lighting Interface)de acordo com os produtos expostos.

Ambientes
Os espaços da loja receberam diversos tipos de efeitos de iluminação,como luz direta,indireta e alternância de temperatura de cor, totalizando um total de cinco opções distintas de cenas.Mesmo com a grande variedade de linguagens utilizadas, houve a preocupação para que o projeto não se transformasse em uma miscelânea de cores.
Uma das opções para a iluminação geral da loja são duas grandes sancas com luz que atravessam o estabelecimento de ponta a ponta. Além da luz plena, este recurso pode ser regulado com diversas intensidades ou mesmo totalmente apagado, de acordo com a cena proposta.
Na área de vendas, um forro suspenso recebeu duas linhas de luminárias dimerizáveis cuja a luz é projetada para o teto da loja, que funciona como rebatedor e proporciona uma iluminação indireta ao espaço.
Boa parte da loja conta com pé-direito de cerca de 4 metros, o que dificultou o trabalho com os LEDs que destacam os produtos."Não poderia haver um céu de estrelas como resultado final, por isso utilizamos equipamentos de última geração,com fachos ultrafechados", explica o lighting designer.Alguns espaços receberam luz ambiente proveniente de downlights, feitos com aparelhos que proporcionam luz mais difusa, de alto padrão para iluminação geral. Um exemplo destas aplicações está em uma área de pouco mais de 20 metros quadrados e pé-direito de 2,4 metros, iluminado por oito pontos de luz dimerizáveis de 19W.
Apesar da preferência pela tecnologia, a loja não recebeu apenas luminárias de LEDs. Junto à entrada há alguns pontos com lâmpadas de multivapores metálicos-do tipo refletora PAR20 de 35W, escolhidas por serem mais adequadas à situação. A linha que divide a área de vendas da de experimento dos produtos também foi demarcada por estas luminárias, que contam com uma luz mais intensa. Elas foram instaladas em embutidos discretos, para que não chamassem atenção."A ideia foi fazer a presença do LED a mais destacada no contexto visual, para que o usuário também pudesse apreciar essa nova tecnologia".

Vitrines
Mesmo não tendo uma programação que se alterne ininterruptamente,quase todas as vitrines da loja dispõem de quatro circuitos com cenas diferentes, que podem ser alteradas conforme o produto exposto. A exceção é o espaço de exposição maior, localizado no fundo da loja, que conta com luz automatizada que se alterna durante todo o dia, criando assim diversos climas diferentes."Nestes lugares trabalhamos com LEDs recém-lançados no exterior. Para a iluminação pontual, as potências dentro das vitrines e sobre as mesas expositoras e balcões para experimentação nunca foram maior que 10W", garantiu Mingrone.

Iluminação externa
Na fachada da loja se destaca o logotipo da Vivo, retroiluminado por lâmpadas fluorescentes T5, como dita o padrão de comunicação visual estabelecido pela empresa. Como os corredores do shopping onde o estabelecimento está localizado conta com iluminação pontual, com fachos bastante marcados, a ausência de luz totalmente difusa sobre o centro de vendas favoreceu o seu destaque.




Fonte: Lume Arquitetura *ed.43
Imagens: Techlider diário da tecnologia / Mauell boletim eletrônico
Luminotécnica: Mingrone Iluminação
Arquitetura: Leonardo Araújo/Gad'Retail

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Iluminação em aeronaves

Luz oferece conforto, ambientação e beleza à aviação executiva


A iluminação como parte indispensável de um projeto, seja ele arquitetônico ou de interiores, vem alçando vôos cada vez mais altos. Literalmente.Tanto que o interior de uma aeronave executiva, que já tem como requisito importante e imprescindível em sua cabine de passageiros um alto padrão de qualidade em design e materiais de acabamento, requer também uma iluminação à altura destes critérios.Afinal, a cabine deste tipo de aeronave é o local em que o passageiro utiliza durante as viagens para relaxar e tratar de negócios.
A iluminação da cabine de passageiros é desenvolvida para criar diversos ambientes, primando pela qualidade, beleza e sofisticação.

Temperatura de cor e comportamento
Durante o vôo, o passageiro é submetido a diversas situações como decolagem, subida até a altitude de cruzeiro, onde permanece por um determinado período até iniciar os procedimentos de descida e aproximação, finalizando com o pouso. Essas fases podem provocar sensações que podem variar de pessoa para pessoa, porém muitas se sentem angustiadas durante a decolagem e o pouso. Esta angústia pode, em casos extremos, durar todo o vôo. O volume da cabine e o fato de ser um local fechado também podem provocar sensações negativas, como claustrofobia, por exemplo.
As novas tecnologias de LEDs RGB (Light Emiting Diode - Red,Green,Blue)e a possibilidade de se obter várias cores com o sistema, permitem utilizá-las na criação de ambientes que amenizem estes sentimentos dos passageiros. Nos pousos e decolagens, por exemplo, uma tonalidade azul transmite serenidade, tranquilidade. Para a hora da refeição, uma cor vibrante, estimula o apetite. O branco-frio estimula a concentração, mantendo as pessoas mais atentas. Este ambiente é criado quando as pessoas querem tratar de negócios, ou utilizar as áreas de trabalho. O branco-quente, ao contrário, gera relaxamento e uma ambientação própria para conversas sociais.

Diversos cenários
A iluminação das atuais aeronaves executivas segue as tendências aplicadas às residências e escritórios. Para a obtenção de diversos cenários, são utilizados conceitos de continuidade, sombra, pouco e muito iluminamento. Estes conceitos são obtidos pelo design dos elementos de iluminação, sua quantidade, a instalação e o recurso de dimerização. Existe uma luz geral que provê um nível de iluminância necessário para as atividades executadas, que é somada à iluminação de efeito. A luz natural, obtida através de espaçosas janelas deste tipo de aeronave, complementa a iluminação.

Iluminação de cortesia
Existem detalhes do projeto que podem passar despercebidos pelos passageiros: por exemplo, mesmo com os geradores desligados, a aeronave provê uma iluminação necessária ao embarque seguro, nos degraus da escada, na entrada da aeronave e em alguns pontos da cabine.

Área de trabalho
Na galley, nome em inglês da "cozinha"do avião, além da iluminação de efeito instalada no fundo de uma cristaleira, há uma iluminação dirigida para a área de trabalho, pois é ali que os comissários, ou até mesmo o passageiro, irá preparar as refeições ou fazer um café expresso, por exemplo. Para auxiliar, nesta área da aeronave também há iluminação no teto.

Luz de leitura
Para cada passageiro há uma luminária específica para leitura, instalada sobre o assento, que pode possuir até três níveis de iluminância, para que o passageiro que preferir ler ou trabalhar não incomode a pessoa ao lado.

Iluminação de emergência
O sistema de iluminação utilizado em situações de emergência é composto por baterias, luminárias e placares iluminados. Ele provê, ao longo da cabine, um nível de iluminância mínima suficiente para a saída segura dos passageiros; no piso ou próximo ao piso, indica a rota a ser seguida e, por meio dos placares iluminados, aponta para as saídas.
Nas aeronaves executivas, busca-se a utilização de elementos discretos, que não poluam o layout da cabine. Como é o caso do fotoluminescente, frequentemente utilizado em aeronaves regionais para indicar as rotas de escape. Nas aeronaves executivas ele é substituído por pequenas luminárias instaladas nas laterais dos assentos, instaladas de forma ficarem praticamente imperceptíveis.


Tecnologia
A tecnologia escolhida deve atender aos requisitos de iluminação, tais como temperatura de cor, índice de reprodução de cor (IRC) e nível de iluminância, e aos específicos da aeronave, tais como as exigências de certificação aeronáutica, baixo peso, baixo consumo elétrico, baixo índice de falhas, etc.
Os componentes do sistema de iluminação devem ser projetados e qualificados de acordo com normas específicas, que incluem ensaios ambientais e elétricos, buscando garantir funcionamento e desempenho esperados, sem gerar interferência nos demais sistemas da aeronave.
Atualmente, os LEDs tem sido utilizados com bastante frequência nas aeronaves executivas, poia além de atender aos requisitos mencionados, podem proporcionar o efeito de mood-lighting (RGB). Porém, para esta área em crescimento, continua a busca de inovações e a utilização de novos produtos.


Fonte: Lume Arquitetura ed.33 por Marina Zenum e Camila Lautenschlager

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Projeto Luminotécnico com tecnologia LED

E OS LEDS DESEMBARCARAM NA ESTAÇÃO
Case: Sistema Integrado Mogiano - Mogi das Cruzes - SP

Um complexo rodoviário com todos os ambientes iluminados com tecnologia LED há alguns anos seria considerado utópico, no entanto, os rápidos avanços no desenvolvimento dos diodos emissores de luz (LED, na sigla inglesa) possibilitaram um projeto não apenas eficiente energeticamente, mas também com muita qualidade de iluminação.
Os responsáveis pelo desenvolvimento do projeto luminotécnico, realizado pela empresa Ekoled em parceria com a Secretaria de Obras da Prefeitura de Mogi das Cruzes, comprovaram essa eficiência depois de fazerem uma projeção do consumo. Primeiro com lâmpadas convencionais, as tubulares fluorescentes de 40W, seriam necessários 250 conjuntos de luminárias, com duas lâmpadas cada uma, para iluminar as áreas internas, e lâmpadas de vapor de mercúrio para iluminar o saguão e a plataforma. Em seguida, foi feita uma projeção de consumo com iluminação a LED, e o resultado foi uma redução média de 70% no consumo de energia e uma redução de custo com instalações elétricas.
Isso porque a potência de instalação do sistema de iluminação com lâmpadas convencionais ficaria acima da potência máxima de 75kW, que a concessionária é obrigada a fornecer ao consumidor, em baixa tensão. Dessa forma, o terminal mogiano deveria ser ligado ao sistema de distribuição em média tensão, o que obrigaria o estabelecimento a utilizar uma cabine primária para fazer a transformação para baixa tensão. Apenas a compra desse equipamento acresceria em R$70 mil o custo do projeto, sem citar o custo com os demais equipamentos que seriam necessários para complementar esse tipo de instalação.
Com a redução do consumo de energia em mais de 50%, alcançada com a utilização dos LEDs, a potência de instalação da unidade consumidora diminuiu, fato que também resultou em um barateamento dos materiais utilizados. Antes seriam necessários cabos de 40mm, com um custo de R$32,00 o metro linear. Com o retrofit de lâmpadas, os cabos que seriam utilizados no projeto original puderam ser substituídos por cabos de 10mm, com custo médio de R$8,00 o metro linear.
Os ambientes do terminal foram iluminados com LEDs, porém a diferença entre um e outro foi o modelo de projetor utilizado, escolhido de acordo com a necessidade de iluminação de cada ambiente. O saguão principal (foto 1) ,um galpão da antiga fábrica que foi preservado e reformado, foi iluminado com 39 refletores industriais de 60W de potência cada um.

Com tecnologia Chip on Board (COB), caracterizada pela aplicação de pontos de LED em módulos parecidos com adesivo, em vez de separadamente, possuem três módulos com 16 pontos de LED cada um. Os equipamentos aplicados no local atingem um fluxo luminoso de 3.800 lumens, característica que possibilitou a criação de um cenário com iluminação de passagem, ou seja, uma iluminância entre 60 lux e 120 lux, suficiente para o trânsito de pessoas.
Para chegar a esse resultado, os projetistas também levaram em consideração as medidas da área iluminada, que possui pé-direito de oito metros, por 53 metros de comprimento e 13 metros de largura. No mesmo local também foram utilizados 25 refletores COB de 20W de potência, com módulos de 16 LEDs cada um, os quais são responsáveis pela iluminação dos painéis afixados ao longo das paredes do salão, nos quais estão expostas fotografias de pontos históricos da cidade de Mogi das Cruzes.
Os refletores possuem luz branca, com uma temperatura de cor entre 5.000K e 6.000K, e estão instalados a seis metros de altura das fotografias, oferecendo uma iluminação direcionada, com ângulo de 30°, características que proporcionam destaque às imagens. Ainda pensando em redução de custos e sustentabilidade, foi desenvolvida nessa área central uma estrutura que aproveitasse por um máximo de horas a luz natural. Para isso, foram feitas aberturas no telhado que receberam a instalação de telhas translúcidas, o que permite que a luz artificial seja ligada apenas quando começa a escurecer, permanecendo acesas das 17h30 de um dia às 06 horas do dia seguinte.
Já as plataformas de embarque e desembarque (foto 2) foram iluminadas com projetores industriais de 40W de potência cada um. São quatro plataformas de tamanhos diferentes, com uma necessidade de iluminância de 60lux a 120lux, suficiente para o trânsito de pedestres. Como esses ambientes possuem a metade da altura do salão central, com 4,5m a 5m, utilizou-se refletores de menor potência, com fluxo luminoso de 2.600 lumens. Essas peças com tecnologia COB possuem dois módulos com 16 pontos de LED cada um e um ângulo de abertura de 120º. Na plataforma maior, foram aplicadas 72 peças, a menor recebeu seis peças, e as de tamanho intermediário receberam 66 e 16 peças, respectivamente.
Além dos ambientes citados, o complexo possui ainda um centro de atendimento à população, administração, biblioteca, copa e aos banheiros, todos iluminados com lâmpadas LED tubulares de 120cm, que possuem um consumo de 18W, e abertura de 160º, utilizadas para substituir as fluorescentes compactas com consumo de 40W. As lâmpadas foram instaladas em luminárias comumente utilizadas para fluorescentes, pois possuem o mesmo formato e encaixe. A intensidade de iluminação exigida para esses ambientes foi de 350lux, pois são locais de permanência, como no caso da biblioteca (foto 3) onde as pessoas precisam de luz adequada para leitura.
Segundo o diretor da Ekoled, Chuong Wei Sen, o cálculo utilizado para a iluminação do salão central e das plataformas foi de um ponto de luz para 16 metros quadrados. Unindo os dois ambientes, foram instalados 199 pontos de luz, o que resultou em uma extensão de 3.184 metros quadrados iluminados. O diretor acrescenta que para atingir a qualidade de iluminação necessária para o complexo, utilizou-se menos equipamentos do que os que seriam necessários no projeto original, com lâmpadas convencionais. Isso equivale a uma redução de 20% no número de projetores e luminárias, atingindo a mesma intensidade de luz. “A qualidade da iluminação em relação às lâmpadas convencionais é superior, porque os LEDs não emitem sombra. Outra vantagem é a não-emissão de raios ultravioleta, que evita o problema de insetos que ficam em volta da lâmpada”, conclui.
A menor necessidade de manutenção dos equipamentos também é uma realidade no projeto do terminal. Sen estima que as lâmpadas tenham uma vida útil que vai de 50 mil a 60 mil horas. Segundo ele, os projetores que foram produzidos no Brasil garantem parte dessa longevidade, uma vez que possuem dissipadores de calor maiores, fazendo com que as lâmpadas trabalhem com aquecimento abaixo do recomendado pelos fabricantes, tornando-as assim mais duráveis.
Por fim, para garantir o fornecimento de energia elétrica no caso de queda ou de blecaute, a estrutura foi equipada com quatro nobreaks, capazes de manter um terço das lâmpadas acesas, pelo período de duas horas. “Foi pensado na seguinte situação: se faltar luz no horário de rush, haverá pelo menos duas horas para embarcar as pessoas, enquanto o problema é solucionado”, afirma o diretor.


Fonte: Revista Lumiére Eletric - ed.146 por Larissa Luizari
Fotos: Chuong Wei Sen

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Iluminação com selo verde


Em 2009, o complexo de escritórios Rochaverá Corporate Towers, em São Paulo,recebeu a certificação de Construção Verde na categoria Ouro seguindo o sistema LEED (Leadership in Energy and Environmental Design),concedida pelo U.S.Green Building Council. Instalada em uma das torres do Rochaverá, a nova sede do Banco Votorantim tinha na redução do consumo de energia uma das metas a serem cumpridas na busca de um selo verde para o projeto de interiores. Foi a partir desta premissa que os lighting designers Carlos Fortes e Gilberto Franco desenvolveram o projeto luminotécnico para o banco.


Na recepção(foto 4), divisórias luminosas de ônix geram uma luz difusa, ao mesmo tempo que decoram o recinto. As paredes de pedra translúcida que separam o balcão da recepção da sala de espera são iluminadas em backlight por lâmpadas fluorescentes tubulares T5(28W/3000K)fixadas verticalmente em uma estrutura metálica removível para manutenção.
Revestida de madeira, a circulação da presidência (foto 6) é valorizada por luminárias quadradas pendentes,que proporcionam luz direta e indireta. Fixadas em nichos no forro de gesso, as peças fornecem o ambiente luz direta por meio de quatro lâmpadas AR70(50W/8graus/2900K)voltadas para o piso. Na parte superior das mesmas luminárias, lâmpadas fluorescentes tubulares T5(14W/3000K)iluminam os nichos, que refletem para o espaço uma luz suave e difusa.
O pé-direito duplo do lobby(foto 1 e 3) que dá acesso ao auditório foi trabalhado com um forro metálico curvilíneo. Especialmente dimensionadas para o projeto, luminárias lineares suspensas por cordoalhas foram instaladas entre as placas curvas, fornecendo ao ambiente luz direta e difusa. Com 3m de comprimento, cada luminária dispõe de quatro lâmpadas halógenas AR111(50W/12V/8graus/2900K) e duas lâmpadas fluorescentes compactas(36W/2900K).
A área do café (foto 2)possui um forro de madeira suspenso que configura um pé-direito inferior ao do lobby. Vedada com vidro translúcido, parte dos nichos do forro foi convertida em luminárias com lâmpadas fluorescentes compactas triplas (26W/2700K)responsáveis pela iluminação difusa do café. Embutidas no forro de gesso, no fundo da cafeteria, a iluminação difusa é oriunda de luminárias de vidro jateado -sem moldura-com lâmpadas fluorescentes compactas duplas (26W/2700K).
No auditório (foto 8 e 9), o forro metálico branco ondulado é enquadrado por um elemento de gesso que percorre perifericamente todo o espaço. Embutidas nas laterais desta "moldura", arandelas retangulares com uma lâmpada fluorescente compacta longa (36W/2900K) destacam as placas curvas do forro. A iluminação central do auditório é garantida por luminárias quadradas orientáveis para uma lâmpada dicroica (50W/38graus/2900K), fixadas entre as placas do forro ou embutidas na moldura de gesso. Acompanhando a parede curva de madeira do auditório, uma sanca embute lâmpadas fluorecentes tubulares T5 (28W/3000K) para iluminação indireta.

Escritórios, mesas de operações e seguradora foram instalados nos salões panorâmicos dos pavimentos-tipo. Assegurar um nível de iluminância médio de 500 LUX nestas áreas era um dos principais objetivos do projeto luminotécnico, que adotou duas soluções básicas para os postos de trabalho,"criando uma hierarquia entre as diversas ocupações ", explica o lighting designer.Os escritórios-padrão, por exemplo, são iluminados por luminárias com duas lâmpadas fluorescentes tubulares T5(28W/3000K) embutidas no forro modulado. Refletores e aletas parabólicas em alumínio anodizado impedem a reflexão nos planos horizontais e verticais de trabalho. Na mesas de operações e seguradora (foto 7), foram empregadas luminárias pendentes retangulares com quatro lâmpadas fluorescentes tubulares (T5/28W/3000K), que ao jogar a luz para cima, proporcionam uma iluminação indireta. O mesmo equipamento dispõe de lâmpadas fluorescentes tubulares T5(28W/3000K) para iluminação direta.


Cercadas por divisórias de vidro, as salas de espera (foto 5) dos pavimentos-tipo oferecem acesso visual aos escritórios e mesas de operações. A iluminação do ambiente provém de uma escultórica luminária de alumínio Droplet, criada pelo designer Ross Lovegrove para a Artemide. Na peça, elementos flutuantes de material termoplástico direcionam a luz de três lâmpadas halógena tipo palito (150W cada) para um disco metálico frisado que reflete a luz para o ambiente.


Ao discorrer sobre o projeto, Carlos Fortes explica que o uso de lâmpadas incandescentes e halógenas ficou restrita às áreas especiais, como recepção e café. "Para que isso fosse possível - e em função da limitação de carga imposta pela certificação - adotamos fluorescentes lineares, fluorescentes compactas ou LEDs nos demais ambientes", afirma. Um jogo de equilíbrio em que as escolhas se compensam.


Fonte: Revista L+D / ed.28
Fotos: Flex Arquitetura e Negócios
Banco Votorantim
Projeto de Iluminação : Franco+Fortes Lighting Design
Arquitetura: Aflalo & Gasperini Arquitetos
Interiores: Edo Rocha Espaços Corporativos

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

GE LED Road Show

Aconteceu no dia 30 de setembro no Rio de Janeiro - Hotel Windsor, o evento GE LED Road Show promovido pela GE Iluminação no qual estive presente.
A iniciativa teve como objetivo trazer conceitos da utilização de LEDs em ambientes públicos, em comunicação visual e em aplicações gerais, bem como mostrar as inovações da tecnologia.

Foram apresentados os mais recentes produtos em LED da empresa, inclusive para retrofit em ambientes internos com lâmpadas LED refletoras para base E27 e GU10 como substituição de incandescentes e halógenas.



O LEED - norma voluntária de construção sustentável - criada pela U.S Green Building Council também foi tema da palestra. O que mede o LEED na iluminação foi apresentado, tais como:
  • Redução da poluição luminosa
  • Tornar sistemas eficientes
  • Otimizar a eficiência energética
  • Utilizar fontes de energia alternativa ou renováveis
  • Controle do sistema para qualidade do ambiente interno