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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A evolução dos LEDs

Diodos Emissores de Luz: de pequenos notáveis a titãs do futuro


Definitivamente, os LEDs deixaram de ser uma revolução para a iluminação e já podem ser considerados como uma tecnologia em franca evolução,conquistando dia a dia, mais aplicações na substituição de lâmpadas convencionais. O termo evolução é bem propício,pois os LEDs ainda tem muito a melhorar a fim de se tornarem mais adequados e inigualáveis em sua missão de iluminar o mundo com eficiência, durabilidade e preservação do meio ambiente, fatores cada vez mais importantes na sociedade atual e do futuro.
Todos os benefícios da tecnologia de iluminação de estado sólido,tais como menor consumo de energia,maior vida útil,resistência a impactos e vibrações e ausência de raios ultravioleta e infravermelho,entre outros,são hoje,amplamente conhecidos e comprovados pelo mercado.Porém a melhora em outros parâmetros é essencial para que os LEDs possam apresentar ainda mais vantagens aos usuários e asssim aumentar sua participação em novos projetos e aplicações.
Quando falamos de luz branca,destacamos as propriedades dos LEDs quanto à eficácia luminosa(relação lúmen/watt)e sua maior vida útil como fatores importantes,porém não únicos.Por se tratarem de produtos ainda em evolução, os LEDs tem muito a melhorar quanto à qualidade da luz emitida,principalmente em relação a um maior controle de temperatura de cor e do índice de reprodução de cores.


Eficiência cada vez maior
Traçando-se um paralelo com as lâmpadas convencionais,estas apresentam qualidade de luz superior,principalmente por se tratarem de tecnologias maduras e que foram aprimoradas como tempo.No caso dos LEDs, fazendo uma comparação com o que havia disponível há quatro ou cinco anos, constatamos uma avanço considerável da tecnologia em todos os sentidos.
Por exemplo:enquanto falávamos em eficiências da ordem de 30 a 40 lúmens por watt,hoje falamos de 100 a 110 lúmens por watt,considerando-se potências elétricas de 1 watt,o que mostra uma melhoria considerável na redução do consumo de energia.
É importante salientar que,quando falamos de eficiência,sempre temos que determinar o nível de potência com o qual estamos tratando,uma vez que a eficácia dos LEDs depende deste fator.Ou seja,em potências mais baixas a eficácia aumenta e vice-versa.

Temperatura de cor em todas as escalas
No início do desenvolvimento da tecnologia,somente eram obtidos valores de temperatura de cor na faixa do branco frio(acima de 5.500K).Atualmente,temos disponibilidade de valores compreendidos na faixa desde 2.700K até 10.000K,o que torna os LEDs a única fonte de luz capaz de reproduzir quase toda a escala de temperatura de cores.
Além disto,a variação de tons de branco dentro da mesma faixa de temperatura de cor,os famosos bins,também sofreram uma melhora considerável quando comparados com produtos fabricados há alguns anos.


Índice de reprodução de cores
No que diz respeito ao IRC(Índice de Reprodução de Cores),é possível obter-se hoje,utilizando-se somente LEDs brancos,valores acima de 90,o que faz com que os LEDs apresentem melhor desempenho em aplicações de iluminação de interiores,atividade para a qual este parâmetro é de vital importância.

Os LEDs em substituição às lâmpadas convencionais
Os LEDs continuam sua evolução em termos de eficácia e se espera que dentro de aproximadamente dois anos tenhamos valores da ordem de 120 a 130 lúmens/watt para LEDs do tipo single chip(somente um chip semicondutor por encapsulamento)medidos na corrente 350mA e com temperatura de cor na faixa do branco frio.Tais valores de eficácia comparam-se aos das lâmpadas de sódio,porém com qualidade nuito superior.



Vida útil
A vida útil dos LEDs também gera muita controvérsia.Alguns fabricantes normalmente especificam 50.000 horas,outros 100.000 horas,porém notamos que faltam critérios para a real comprovação destas previsões.E,mesmo que se comprove que a vida útil do LED seja de 50.000 horas,não necessariamente podemos garantir que a luminária tenha o mesmo desempenho.
Na verdade, o LED não é o fator limitante da vida útil da luminária.Temos outros fatores,como,por exemplo,o driver,ótica,conexões etc.,que podem diminuir,em muito,a vida útil da luminária,mesmo que os LEDs comprovadamente durem muito mais.


O que esperar dos LEDs no futuro próximo
Eficácia
: Falando-se basicamente de LEDs brancos,com temperatura de cor acima de 4.000K,o que os fabricantes buscam é o aumento da eficácia(relação lúmen/watt),o que resulta no aumento do fluxo luminoso por encapsulamento.Maior eficácia significa menor custo do lúmen,o que possibilita maior número de aplicaçãoes. A eficácia mínima esperada para LEDs comerciais,considerando-se potências de 1 watt, está ao redor de 130 lúmens/watt no período de 2 a 3 anos. Considerando-se LEDs com temperatura de cor abaixo de 4.000K, temos um decréscimo natural da eficácia, principalmente em função da formulação do fósforo ser diferenciada. Neste caso, espera-se uma eficácia mínima da ordem de 100 lúmens/watt neste mesmo período.

Cores mais pura: Uma das limitações dos LEDs brancos hoje é a dispersão das cores com relação à curva do corpo negro(diagrama de cromaticidade CIE 1931), que resulta em pigmentos verdes,rosas e azuis na cor quando estas dispersões estão deslocadas em direção ao verde,magenta e azul,respectivamente.
Novas tecnologias de deposição de fósforo estão sendo introduzidas no sentido de diminuir estas dispersões e manter a distribuição da temperatura de cor bem próxima à curva do corpo negro.Isto irá garantir com que o LED disponibilize melhor qualidade de luz branca tornando-os compatíveis com a qualidade de luz das lâmpadas convencionais além de todos os outros benefícios já conhecidos.

Encapsulamento com maior fluxo luminoso - Multichip: Esta também é uma tendência onde os fabricantes colocam vários chips semicondutores em um único encapsulamento,com o objetivo de aumentar o fluxo luminoso por unidade. Apesar deste tipo de configuração não ser tão eficiente quanto à eficácia luminosa,comparado com o encapsulamento do tipo singlechip,pode ser utilizado em aplicações onde tenhamos necessidade de alta densidade de fluxo luminoso.



Fonte: Lume Arquitetura por Vicente Scopacasa *matéria completa na edição n.43

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