ARQUITETURA DE ILUMINAÇÃO ************* http://www.angelaabdalla.com.br/ *********** PROJETOS LUMINOTÉCNICOS

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Iluminação com selo verde


Em 2009, o complexo de escritórios Rochaverá Corporate Towers, em São Paulo,recebeu a certificação de Construção Verde na categoria Ouro seguindo o sistema LEED (Leadership in Energy and Environmental Design),concedida pelo U.S.Green Building Council. Instalada em uma das torres do Rochaverá, a nova sede do Banco Votorantim tinha na redução do consumo de energia uma das metas a serem cumpridas na busca de um selo verde para o projeto de interiores. Foi a partir desta premissa que os lighting designers Carlos Fortes e Gilberto Franco desenvolveram o projeto luminotécnico para o banco.


Na recepção(foto 4), divisórias luminosas de ônix geram uma luz difusa, ao mesmo tempo que decoram o recinto. As paredes de pedra translúcida que separam o balcão da recepção da sala de espera são iluminadas em backlight por lâmpadas fluorescentes tubulares T5(28W/3000K)fixadas verticalmente em uma estrutura metálica removível para manutenção.
Revestida de madeira, a circulação da presidência (foto 6) é valorizada por luminárias quadradas pendentes,que proporcionam luz direta e indireta. Fixadas em nichos no forro de gesso, as peças fornecem o ambiente luz direta por meio de quatro lâmpadas AR70(50W/8graus/2900K)voltadas para o piso. Na parte superior das mesmas luminárias, lâmpadas fluorescentes tubulares T5(14W/3000K)iluminam os nichos, que refletem para o espaço uma luz suave e difusa.
O pé-direito duplo do lobby(foto 1 e 3) que dá acesso ao auditório foi trabalhado com um forro metálico curvilíneo. Especialmente dimensionadas para o projeto, luminárias lineares suspensas por cordoalhas foram instaladas entre as placas curvas, fornecendo ao ambiente luz direta e difusa. Com 3m de comprimento, cada luminária dispõe de quatro lâmpadas halógenas AR111(50W/12V/8graus/2900K) e duas lâmpadas fluorescentes compactas(36W/2900K).
A área do café (foto 2)possui um forro de madeira suspenso que configura um pé-direito inferior ao do lobby. Vedada com vidro translúcido, parte dos nichos do forro foi convertida em luminárias com lâmpadas fluorescentes compactas triplas (26W/2700K)responsáveis pela iluminação difusa do café. Embutidas no forro de gesso, no fundo da cafeteria, a iluminação difusa é oriunda de luminárias de vidro jateado -sem moldura-com lâmpadas fluorescentes compactas duplas (26W/2700K).
No auditório (foto 8 e 9), o forro metálico branco ondulado é enquadrado por um elemento de gesso que percorre perifericamente todo o espaço. Embutidas nas laterais desta "moldura", arandelas retangulares com uma lâmpada fluorescente compacta longa (36W/2900K) destacam as placas curvas do forro. A iluminação central do auditório é garantida por luminárias quadradas orientáveis para uma lâmpada dicroica (50W/38graus/2900K), fixadas entre as placas do forro ou embutidas na moldura de gesso. Acompanhando a parede curva de madeira do auditório, uma sanca embute lâmpadas fluorecentes tubulares T5 (28W/3000K) para iluminação indireta.

Escritórios, mesas de operações e seguradora foram instalados nos salões panorâmicos dos pavimentos-tipo. Assegurar um nível de iluminância médio de 500 LUX nestas áreas era um dos principais objetivos do projeto luminotécnico, que adotou duas soluções básicas para os postos de trabalho,"criando uma hierarquia entre as diversas ocupações ", explica o lighting designer.Os escritórios-padrão, por exemplo, são iluminados por luminárias com duas lâmpadas fluorescentes tubulares T5(28W/3000K) embutidas no forro modulado. Refletores e aletas parabólicas em alumínio anodizado impedem a reflexão nos planos horizontais e verticais de trabalho. Na mesas de operações e seguradora (foto 7), foram empregadas luminárias pendentes retangulares com quatro lâmpadas fluorescentes tubulares (T5/28W/3000K), que ao jogar a luz para cima, proporcionam uma iluminação indireta. O mesmo equipamento dispõe de lâmpadas fluorescentes tubulares T5(28W/3000K) para iluminação direta.


Cercadas por divisórias de vidro, as salas de espera (foto 5) dos pavimentos-tipo oferecem acesso visual aos escritórios e mesas de operações. A iluminação do ambiente provém de uma escultórica luminária de alumínio Droplet, criada pelo designer Ross Lovegrove para a Artemide. Na peça, elementos flutuantes de material termoplástico direcionam a luz de três lâmpadas halógena tipo palito (150W cada) para um disco metálico frisado que reflete a luz para o ambiente.


Ao discorrer sobre o projeto, Carlos Fortes explica que o uso de lâmpadas incandescentes e halógenas ficou restrita às áreas especiais, como recepção e café. "Para que isso fosse possível - e em função da limitação de carga imposta pela certificação - adotamos fluorescentes lineares, fluorescentes compactas ou LEDs nos demais ambientes", afirma. Um jogo de equilíbrio em que as escolhas se compensam.


Fonte: Revista L+D / ed.28
Fotos: Flex Arquitetura e Negócios
Banco Votorantim
Projeto de Iluminação : Franco+Fortes Lighting Design
Arquitetura: Aflalo & Gasperini Arquitetos
Interiores: Edo Rocha Espaços Corporativos

Um comentário: