



Além do avanço da tecnologia das fontes de luz, principalmente no que se refere aos LEDS, um grande aliado para a sofisticação dos projetos de iluminação são os sistemas de gerenciamento. No que se refere ao uso da cor, ele se apresenta como um elemento essencial, pois permite a criação de uma gama infinita de cores a partir da combinação de um número limitado de fontes de luz coloridas. A utilização desses sistemas possibilita ao lighting designer projetar o ambiente de uma forma dinâmica com a programação de cenas que se sucedem de acordo com o efeito desejado.

O propósito da cor como elemento surpresa é o de chamar atenção do espectador para algum fato ou acontecimento relevante. O caráter transitório e a dimensão semântica da cor são suas principais características. A transitoriedade está relacionada à intenção de informar a respeito de algum fato, seja de uma data comemorativa ou o início de algum evento.

Esta finalidade da cor na iluminação explora o aspecto sinestésico dos sentidos, utilizando-se da repetição ritmada das cores para intensificar,por exemplo, o estímulo auditivo provocado pela música, gerando um envolvimento do espectador.
Para tanto, as tecnologias que tem sido desenvolvidas a partir de LEDs, a exemplo dos dispositivos que se utilizam do sistem RGB(sigla em inglês para vermelho, verde e azul) para a criaçào sequenciada de infinitos matizes, tem facilitado a exploraçào da cor enquanto elemento dinâmico.

A percepção da cor poderá se mais ou menos explorada, de acordo com a escolha dos matizes a serem utilizados na composição, a exemplo do seu grau de saturação.
Outro aspecto importante é o constraste simultâneo. Uma vez que a percepção das cores acontece de uma forma global e não ponto a ponto, a cor observada localmente dependerá do contexto onde ela está inserida. Portanto, a combinação adequada dos matizes, contrapondo cores quentes e frias,ou ainda, complementares, ajuda a intensificar a dramaticidade.
Portanto, pode-se imprimir dramaticidade a uma composição formal realçando seus elementos constituintes a partir de uma iluminação que contrapõe o vermelho a uma cor fria ou a sua complementar, o verde.
Um dos propósitos a que se presta a cor quando utilizada em iluminação é o de enfatizar um determinado elemento de composição.
A ênfase pode servir à funcionalidade, buscando realçar o acesso a uma edificação, por exemplo, ou estar a serviço do marketing, reforçando algum elemento simbólico de uma fachada institucional, ou ainda, em prol da estética, selecionando o ponto focal de uma composição formal.
Uma vez que a intenção é destacar uma parte do todo, o uso de cores primárias, bem como de tons saturados, é mais adequado a esse objetivo.
Fonte: Lume Arquitetura por Gustavo Costa (artigo completo edição n.43)
Você acha que ficaria bom colocar leds coloridos na iluminação externa do meu jardim? Estava pensando em fazer isso!
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