E OS LEDS DESEMBARCARAM NA ESTAÇÃO
Case: Sistema Integrado Mogiano - Mogi das Cruzes - SP
Um complexo rodoviário com todos os ambientes iluminados com tecnologia LED há alguns anos seria considerado utópico, no entanto, os rápidos avanços no desenvolvimento dos diodos emissores de luz (LED, na sigla inglesa) possibilitaram um projeto não apenas eficiente energeticamente, mas também com muita qualidade de iluminação.Case: Sistema Integrado Mogiano - Mogi das Cruzes - SP
Os responsáveis pelo desenvolvimento do projeto luminotécnico, realizado pela empresa Ekoled em parceria com a Secretaria de Obras da Prefeitura de Mogi das Cruzes, comprovaram essa eficiência depois de fazerem uma projeção do consumo. Primeiro com lâmpadas convencionais, as tubulares fluorescentes de 40W, seriam necessários 250 conjuntos de luminárias, com duas lâmpadas cada uma, para iluminar as áreas internas, e lâmpadas de vapor de mercúrio para iluminar o saguão e a plataforma. Em seguida, foi feita uma projeção de consumo com iluminação a LED, e o resultado foi uma redução média de 70% no consumo de energia e uma redução de custo com instalações elétricas.
Isso porque a potência de instalação do sistema de iluminação com lâmpadas convencionais ficaria acima da potência máxima de 75kW, que a concessionária é obrigada a fornecer ao consumidor, em baixa tensão. Dessa forma, o terminal mogiano deveria ser ligado ao sistema de distribuição em média tensão, o que obrigaria o estabelecimento a utilizar uma cabine primária para fazer a transformação para baixa tensão. Apenas a compra desse equipamento acresceria em R$70 mil o custo do projeto, sem citar o custo com os demais equipamentos que seriam necessários para complementar esse tipo de instalação.
Com a redução do consumo de energia em mais de 50%, alcançada com a utilização dos LEDs, a potência de instalação da unidade consumidora diminuiu, fato que também resultou em um barateamento dos materiais utilizados. Antes seriam necessários cabos de 40mm, com um custo de R$32,00 o metro linear. Com o retrofit de lâmpadas, os cabos que seriam utilizados no projeto original puderam ser substituídos por cabos de 10mm, com custo médio de R$8,00 o metro linear.
Os ambientes do terminal foram iluminados com LEDs, porém a diferença entre um e outro foi o modelo de projetor utilizado, escolhido de acordo com a necessidade de iluminação de cada ambiente. O saguão principal (foto 1) ,um galpão da antiga fábrica que foi preservado e reformado, foi iluminado com 39 refletores industriais de 60W de potência cada um.
Com tecnologia Chip on Board (COB), caracterizada pela aplicação de pontos de LED em módulos parecidos com adesivo, em vez de separadamente, possuem três módulos com 16 pontos de LED cada um. Os equipamentos aplicados no local atingem um fluxo luminoso de 3.800 lumens, característica que possibilitou a criação de um cenário com iluminação de passagem, ou seja, uma iluminância entre 60 lux e 120 lux, suficiente para o trânsito de pessoas.
Para chegar a esse resultado, os projetistas também levaram em consideração as medidas da área iluminada, que possui pé-direito de oito metros, por 53 metros de comprimento e 13 metros de largura. No mesmo local também foram utilizados 25 refletores COB de 20W de potência, com módulos de 16 LEDs cada um, os quais são responsáveis pela iluminação dos painéis afixados ao longo das paredes do salão, nos quais estão expostas fotografias de pontos históricos da cidade de Mogi das Cruzes.
Os refletores possuem luz branca, com uma temperatura de cor entre 5.000K e 6.000K, e estão instalados a seis metros de altura das fotografias, oferecendo uma iluminação direcionada, com ângulo de 30°, características que proporcionam destaque às imagens. Ainda pensando em redução de custos e sustentabilidade, foi desenvolvida nessa área central uma estrutura que aproveitasse por um máximo de horas a luz natural. Para isso, foram feitas aberturas no telhado que receberam a instalação de telhas translúcidas, o que permite que a luz artificial seja ligada apenas quando começa a escurecer, permanecendo acesas das 17h30 de um dia às 06 horas do dia seguinte.
Já as plataformas de embarque e desembarque (foto 2) foram iluminadas com projetores industriais de 40W de potência cada um. São quatro plataformas de tamanhos diferentes, com uma necessidade de iluminância de 60lux a 120lux, suficiente para o trânsito de pedestres. Como esses ambientes possuem a metade da altura do salão central, com 4,5m a 5m, utilizou-se refletores de menor potência, com fluxo luminoso de 2.600 lumens. Essas peças com tecnologia COB possuem dois módulos com 16 pontos de LED cada um e um ângulo de abertura de 120º. Na plataforma maior, foram aplicadas 72 peças, a menor recebeu seis peças, e as de tamanho intermediário receberam 66 e 16 peças, respectivamente.
Além dos ambientes citados, o complexo possui ainda um centro de atendimento à população, administração, biblioteca, copa e aos banheiros, todos iluminados com lâmpadas LED tubulares de 120cm, que possuem um consumo de 18W, e abertura de 160º, utilizadas para substituir as fluorescentes compactas com consumo de 40W. As lâmpadas foram instaladas em luminárias comumente utilizadas para fluorescentes, pois possuem o mesmo formato e encaixe. A intensidade de iluminação exigida para esses ambientes foi de 350lux, pois são locais de permanência, como no caso da biblioteca (foto 3) onde as pessoas precisam de luz adequada para leitura.
Segundo o diretor da Ekoled, Chuong Wei Sen, o cálculo utilizado para a iluminação do salão central e das plataformas foi de um ponto de luz para 16 metros quadrados. Unindo os dois ambientes, foram instalados 199 pontos de luz, o que resultou em uma extensão de 3.184 metros quadrados iluminados. O diretor acrescenta que para atingir a qualidade de iluminação necessária para o complexo, utilizou-se menos equipamentos do que os que seriam necessários no projeto original, com lâmpadas convencionais. Isso equivale a uma redução de 20% no número de projetores e luminárias, atingindo a mesma intensidade de luz. “A qualidade da iluminação em relação às lâmpadas convencionais é superior, porque os LEDs não emitem sombra. Outra vantagem é a não-emissão de raios ultravioleta, que evita o problema de insetos que ficam em volta da lâmpada”, conclui.
A menor necessidade de manutenção dos equipamentos também é uma realidade no projeto do terminal. Sen estima que as lâmpadas tenham uma vida útil que vai de 50 mil a 60 mil horas. Segundo ele, os projetores que foram produzidos no Brasil garantem parte dessa longevidade, uma vez que possuem dissipadores de calor maiores, fazendo com que as lâmpadas trabalhem com aquecimento abaixo do recomendado pelos fabricantes, tornando-as assim mais duráveis.
Por fim, para garantir o fornecimento de energia elétrica no caso de queda ou de blecaute, a estrutura foi equipada com quatro nobreaks, capazes de manter um terço das lâmpadas acesas, pelo período de duas horas. “Foi pensado na seguinte situação: se faltar luz no horário de rush, haverá pelo menos duas horas para embarcar as pessoas, enquanto o problema é solucionado”, afirma o diretor.
Fonte: Revista Lumiére Eletric - ed.146 por Larissa Luizari
Fotos: Chuong Wei Sen
Para chegar a esse resultado, os projetistas também levaram em consideração as medidas da área iluminada, que possui pé-direito de oito metros, por 53 metros de comprimento e 13 metros de largura. No mesmo local também foram utilizados 25 refletores COB de 20W de potência, com módulos de 16 LEDs cada um, os quais são responsáveis pela iluminação dos painéis afixados ao longo das paredes do salão, nos quais estão expostas fotografias de pontos históricos da cidade de Mogi das Cruzes.
Os refletores possuem luz branca, com uma temperatura de cor entre 5.000K e 6.000K, e estão instalados a seis metros de altura das fotografias, oferecendo uma iluminação direcionada, com ângulo de 30°, características que proporcionam destaque às imagens. Ainda pensando em redução de custos e sustentabilidade, foi desenvolvida nessa área central uma estrutura que aproveitasse por um máximo de horas a luz natural. Para isso, foram feitas aberturas no telhado que receberam a instalação de telhas translúcidas, o que permite que a luz artificial seja ligada apenas quando começa a escurecer, permanecendo acesas das 17h30 de um dia às 06 horas do dia seguinte.
Já as plataformas de embarque e desembarque (foto 2) foram iluminadas com projetores industriais de 40W de potência cada um. São quatro plataformas de tamanhos diferentes, com uma necessidade de iluminância de 60lux a 120lux, suficiente para o trânsito de pedestres. Como esses ambientes possuem a metade da altura do salão central, com 4,5m a 5m, utilizou-se refletores de menor potência, com fluxo luminoso de 2.600 lumens. Essas peças com tecnologia COB possuem dois módulos com 16 pontos de LED cada um e um ângulo de abertura de 120º. Na plataforma maior, foram aplicadas 72 peças, a menor recebeu seis peças, e as de tamanho intermediário receberam 66 e 16 peças, respectivamente.
Além dos ambientes citados, o complexo possui ainda um centro de atendimento à população, administração, biblioteca, copa e aos banheiros, todos iluminados com lâmpadas LED tubulares de 120cm, que possuem um consumo de 18W, e abertura de 160º, utilizadas para substituir as fluorescentes compactas com consumo de 40W. As lâmpadas foram instaladas em luminárias comumente utilizadas para fluorescentes, pois possuem o mesmo formato e encaixe. A intensidade de iluminação exigida para esses ambientes foi de 350lux, pois são locais de permanência, como no caso da biblioteca (foto 3) onde as pessoas precisam de luz adequada para leitura.
Segundo o diretor da Ekoled, Chuong Wei Sen, o cálculo utilizado para a iluminação do salão central e das plataformas foi de um ponto de luz para 16 metros quadrados. Unindo os dois ambientes, foram instalados 199 pontos de luz, o que resultou em uma extensão de 3.184 metros quadrados iluminados. O diretor acrescenta que para atingir a qualidade de iluminação necessária para o complexo, utilizou-se menos equipamentos do que os que seriam necessários no projeto original, com lâmpadas convencionais. Isso equivale a uma redução de 20% no número de projetores e luminárias, atingindo a mesma intensidade de luz. “A qualidade da iluminação em relação às lâmpadas convencionais é superior, porque os LEDs não emitem sombra. Outra vantagem é a não-emissão de raios ultravioleta, que evita o problema de insetos que ficam em volta da lâmpada”, conclui.
A menor necessidade de manutenção dos equipamentos também é uma realidade no projeto do terminal. Sen estima que as lâmpadas tenham uma vida útil que vai de 50 mil a 60 mil horas. Segundo ele, os projetores que foram produzidos no Brasil garantem parte dessa longevidade, uma vez que possuem dissipadores de calor maiores, fazendo com que as lâmpadas trabalhem com aquecimento abaixo do recomendado pelos fabricantes, tornando-as assim mais duráveis.
Por fim, para garantir o fornecimento de energia elétrica no caso de queda ou de blecaute, a estrutura foi equipada com quatro nobreaks, capazes de manter um terço das lâmpadas acesas, pelo período de duas horas. “Foi pensado na seguinte situação: se faltar luz no horário de rush, haverá pelo menos duas horas para embarcar as pessoas, enquanto o problema é solucionado”, afirma o diretor.
Fonte: Revista Lumiére Eletric - ed.146 por Larissa Luizari
Fotos: Chuong Wei Sen
Olá
ResponderExcluirEstou precisando de um projeto de iluminação de led para uma loja de calçados que não fica em shopping, fica na rua. E fica em Goiás.
Tem como voce fazer se eu te mandar fotos?
Marina
tel: (64) 36225292
Olá Marina,
ResponderExcluirum projeto luminotécnico precisa primordialmente da planta baixa e informações adicionais do local. No seu caso, somente com fotos e em outro estado, o que pode ser feito é uma consultoria técnica.
Caso queira mais detalhes escreva para luz@angelaabdalla.com.br
Sds